Um grupo de 18 agricultoras do povoado Serra do Cavalo, na zona rural de Água Branca, no Alto Sertão alagoano, assistidas pelo Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável (Emater/AL), participou, nesta quinta-feira (16), de um intercâmbio na Associação de Mulheres Produtoras de Broas e Outros Produtos Alimentícios da Agricultura Familiar (Asprobroas) da comunidade Taboquinha, em Arapiraca. Assim como as mulheres de Taboquinha, as agricultoras de Água Branca são produtoras de macaxeira e vieram conhecer a experiência e realidade das companheiras de profissão que, com a assistência e extensão rural oferecidas pela Emater desde 2007, conseguiram aumentar a renda familiar e gerar mais qualidade de vida para a comunidade. É o que explica a assistente social e técnica extensionista da Emater, Tanihely Barbosa. “Nós achamos importante mostrar pra elas a realidade de Taboquinha, as dificuldades, a importância do associativismo, de como é possível, de forma organizada, obter sucesso na produção. E a resposta foi positiva e o intercâmbio muito produtivo. Elas ficaram encantadas”, conclui a técnica. Ainda segundo Taniehly, o trabalho com as 18 mulheres de Água Branca está no início, mas o próximo o é assisti-las para que formem uma associação e continuem o processo produtivo de forma coletiva. “Recentemente, elas participaram de um curso de processamento e beneficiamento da mandioca e, com o intercâmbio, estão muito empolgadas. O próximo o é o planejamento das ações, auxílio na formalização da associação para que elas consigam participar de projetos e garantir de forma mais fácil o o ao crédito”, explica Tanihely Barbosa. Além da assistente social, o grupo de mulheres de Água Branca é atendido pela técnica extensionista e agrônoma Rosângela Duarte, que presta serviço de acompanhamento e orientação técnica à produção das agricultoras. Asprobroas Fundada em maio de 2010, a Asprobroas, registrada em Arapiraca, no povoado de Taboquinha, conta hoje com 23 associadas e produz broas, bolos, pães e doces, como brigadeiro e o pudim de mandioca, que, por mês, somam mais de 1,2 mil quilos de alimentos. Mas nem sempre foi assim. Há cinco anos, o grupo foi reunido após a realização de um Diagnóstico Rural Participativo, feito por técnicos da Emater-AL, que identificou a necessidade de fortalecimento e resgate do papel da mulher na comunidade, do aumento dos ganhos familiares e da integração de Taboquinha nas políticas públicas, tanto na esfera municipal, quanto estadual e federal. Capacitadas pela Emater Alagoas em associativismo, elas fundaram a Asprobroas e aram a aproveitar o tempo ocioso para ajudar na agricultura, atividade antes restrita aos maridos. Com isso, possibilitaram o acréscimo na renda e a autonomia financeira, econômica e social das associadas. Com a associação, as mulheres tiveram o ao Pronaf Mulher, do Governo Federal, além da assistência técnica e extensão rural para mulheres e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Sempre contando com o auxílio e orientação da Emater-AL para a criação de projetos e participação em editais públicos. Por fim, elas participam atualmente desde a fase inicial, no plantio, ando pela colheita e processamento da mandioca, até a etapa final de embalagem do material, tornando-se legítimas empreendedoras rurais e ainda contam, para isso, com a ajuda dos maridos. 1y1s63
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